Então vamos começar com a compreensão.
Acho que uma grande chave que me permitiu abrir várias
portas foi a compreensão, com ela primeiro tive que aprender a trabalhar com
meu inconsciente para poder entender o que sou, quem sou, porque sou, assim me
compreendi pela auto-observação, logo agora que me "entendo", como
posso melhorar meu ser? Bem, comecei a tentar compreender quem estava mais
próximo de mim, pois é mais fácil pela familiarização, compreendendo estes e
vendo que eles não eram deuses, pude ver de fato por que chegaram onde estavam
e assim que fui entendendo como observar, depois disto passei a trabalhar mais
com o caos, compreendia o que dava vontade na hora ou o que eu achava
necessário no momento, aproveitava as coisas que me apareciam, se meu
inconsciente apresentava certo interesse, observava mais profundamente,
enquanto sempre dava uma certa atenção a todas as coisas em volta. Então, para
mim, a compreensão despertou toda a visão que eu necessitava para ter uma certa
certeza de como as coisas poderiam proceder, tentando pensar o máximo possível
afim de poder me preparar e saber como as coisas podem continuar, é trabalhar
de fato a magia, mas de forma sútil, você age sem os outros perceberem, não
porque não podem, mas porque não querem, assim tento aliar todas as coisas para
ocorrer a minha vontade, aliás, é a única coisa que fazemos, mas que
normalmente não entendemos, por isso essa descrição de magia de Margot Adler é
muito interessante:
“Magia é uma palavra conveniente para toda uma coleção de
técnicas, todas as quais envolvem o uso da mente. Neste caso, veremos que todas
estas técnicas envolvem a mobilização da confiança, vontade e emoção,
direcionadas a partir do reconhecimento da necessidade, do uso das faculdades
da imaginação, principalmente através da habilidade de visualizar, a fim de entender
como outros seres funcionam na natureza para que possamos usar este
conhecimento de forma a atingir os fins necessitados.”
Assim tendo a compreensão, pude desenvolver e muito a
vontade, os desafios que nos aparecem não são mais assustadores, passamos a
estar calmos sempre diante a situação, afim de não atingir o descontrole, não é
mais o meio que me molda, sou eu que moldo o meio a minha vontade. Então o que
me levou a aprender a ver, observar, analisar, compreender? Foi todo o estudo
oculto e científico, tentei aliar todas os conhecimentos que tenho, assim aliei
todos os estudos ocultos através do hermetismo, podendo compreender melhor
alquimia, xamanismo, kabbalah, tarot, magia do caos, etc...depois aliei o
científico através da psicologia analítica de Jung, foi neste que pude
compreender como trabalhar com meu inconsciente e saber como compreendê-lo, e
usá-lo cada vez mais no dia a dia, e junto fui aprofundando meus estudos em
física, astronomia, química, biologia e afins, dando uma compreensão geral das
coisas, assim podendo analisar cada vez melhor eu mesmo e o mundo a minha
volta.
Mas o que é o compreender? Acredito que é a observação, nada
mais complicado que isso, mas uma observação consciente utilizando da comunicação
do inconsciente, que busque saber como funciona, por que funciona e o que
aquilo reflete no meio, quais são as coisas que envolvem tanto no processo como
depois de finalizado, seria um trabalhar com o próprio ser e com o meio a sua
volta, uma análise profunda, mas nunca certa, uma análise recorrente, pois a
cada instante mudamos nosso ser, logo passamos a mudar ligeiramente nossa forma
de pensar sobre as coisas, logo é algo que nunca cessa ou se para, sempre se
mantem. A observação com o fim de compreender é devido ao objetivo de se chegar
a uma melhor análise possível sobre algo sem que se deixe que suas barreiras
morais atrapalhem no ato de observação e análise. Portanto ao procurar
compreender estarei fazendo um processo que envolve primeiramente uma
observação sem pretexto nenhum, apenas olha, vê, depois se tenta relacionar o
que se sente diante aquela situação observada, é ai onde o ser, você mesmo
(inconsciente) lhe mostra o que se pensa daquilo, o que aquilo remete a sua
mente, é o simbolismo para o ser, levar-se ao questionamento e entender porque
se sente aquela determinada sensação em relação a aquilo que se observa, por que
ativo determinados sentimentos, assim esta é a primeira impressão que reflete
no ser através da observação do outro, então este é o passo que utilizamos para
nos compreender melhor, utilizar a observação comum para saber como a própria
mente pensa sobre as coisas, assim começamos a desenvolver o ser. Depois desta
observação, podemos ver também aquela que é direcionada, observamos algo com o
intuito de entendê-lo, mas para que? O ser dificilmente irá saber todas as
coisas, dificilmente irá resolver todos seus desafios e problemas sozinhos, portanto
ele precisa a partir da observação das outras coisas ver os diferentes meio de
atuação nesse mundo, é o momento onde ele tenta ao máximo desligar seu ser
consciente, onde ele busca de fato compreender o outro ser, ele não só observa,
mas como também tenta entender como e por que aquele indivíduo ou coisa são e
estão daquela maneira, naquela situação, assim podendo compreender como as
coisas se desenvolvem e a partir disto retirar o que pode ser bom para o ser e
ver o que pode ser ruim afim de evitar de cometer os mesmos erros, então nesta
parte buscamos compreender o outro afim de melhorar nós mesmos e com isso
passar a entender melhor a situação das outras coisas, quem sabe assim acabamos
nos tornando mais humildes e atenciosos em relação não só ao próprio ser, mas
também ao meio que o cerca, pois ele passa a aprender que ele sozinho não é o
todo, e que assim nada de bom nascerá em tão pouco tempo de vida no qual
estamos fadados. É uma construção conjunta, mas que poucos sabem fazer, poucos “perdem”
o seu precioso tempo de vida para observar os outros, simplesmente porque eles
não sabem o quanto podem desenvolver e construir toda uma melhor relação com o
todo utilizando destes meios, é trazer de volta toda uma conexão natural com o
meio, não sou um ser sozinho no universo, sou uma parte do meio que forma o
conjunto, assim o meu melhor trabalho comigo e com o meio me dissocia, me mas
fluido, me faz esquecer de forma e limites, apenas sou, não tenho mais medos e
barreiras, sei o que faço, sei por que faço, sei como faço, sei o que irei
causar, mas estou pronto, pois penso e observo e nunca paro, logo também não me
arrependo mais, as barreiras literalmente vão se dissipando, se desfazendo,
assim o ser caminha livre, sabendo que ele está para com o limite de sua mente,
mas sente que com o meio, junto dele, nada lhe impede e ele tem aquela simples
e sutil conexão com a essência, que mantem tudo funcionando, que é o meio do
todo se expressar, conectando todas as coisas e permitindo que elas existam e
continuem no sem cessar processo de mudança, recriando a cada momento, sendo
outro a cada momento, mas nunca deixando de ser a essência, que por si só é
todas as coisas, é a única que é e não é, nada a mais, nada a menos, apenas
aquilo. E esta é a importância do caos, aprender a trabalhar com todas as
coisas que lhe aparece, não busco apenas coisas de forma direta, mas deixo que
o caos atue na minha vida e que saiba utilizar deste momento, pois se é assim
que conseguimos puxar da essência os mais puros aprendizados e conhecimentos.
Assim são os saberes da vida, quanto mais caótico mais primordial pode ser
minha conexão. Não é feito e moldado para mim, mas serve para mim, desde que eu
saiba utilizar daquilo, assim posso transmutar tudo o que há de ruim em coisas
boas, é a partir do próprio ser que as coisas passam a ter uma definição,
abstração, através da sua mente que as coisas passam a ter sentido, são
criadas, e julgá-las boas e ruins é uma coisa sua e de mais ninguém, logo
qualquer coisa pode ser um meio de aprendizado, pode ser uma fonte de poder e
sabedoria, basta saber observar, basta saber o por que das relações que se cria
com as coisas, principalmente quando é feita a partir do caos, onde o
direcionamento é o menor possível, é instantâneo, e nestes momentos onde a
maioria falha e nem tenta, nem presta atenção, apenas deixa, perde-se o
momento. Mas quando se chegar a esta compreensão, todo momento será único, todo
momento será igualmente importante, todo momento não importará e importará, o
momento será a sua vida e na base do presente que vamos aprender, e com a
análise do passado vamos nos permitir crescer, analisar e construir e com a
análise do futuro iremos desenvolver nossa vontade e criaremos o tão sonhado ser
e sensação almejados, sabendo que no caminho nada disto importará, mas que ele
só será um meio de verificação do que se pode querer, para poder criar um
caminho, afinal não teremos tempo para trilhar em todas, mas teremos tempo para
pensar e refletir no máximo que quisermos e talvez pudermos.
Para finalizar, é importante aprender a trabalhar bem com a
magia do caos, é meio difícil no começo, pois se acaba descontrolando bem, normalmente
não estamos muito preparados para ver certas emoções em certos lugares e
acabamos falando ou fazendo merda, mas depois trabalhando isto podemos ficar
mais tranquilos, é um meio de aliviar de certa forma.
“Tem havido um enorme crescimento no número de pessoas que
tentam imitar os métodos de Spare, e ainda assim eles perdem o ponto de sua
mensagem principal de que devemos cada um de nós desenvolver nossos próprios
métodos de magia, ou seremos meramente imitadores”
"Tocar os limites mais profundos da imaginação e trazer
as forças criativas do caos primordial não formado para seu trabalho mágico é a
mais sincera de todas as magias”
E é assim que trabalhamos, analisamos tanto que vemos sempre
uma oportunidade para trabalhar nossa magia, para manejar as coisas a nossa
vontade, claro, observando o que seria bom para o que se tem em volta, nunca
trabalhamos sozinhos, trabalhamos com o todo, o que fizermos por nossa vontade
irá refletir nos outros e devemos estar preparados para a reação do que
provocamos, por isso faça sua vontade pensando sempre em como ela irá afetar no
todo, assim virará um costume a sua vontade estar equilibrada com o meio, você
fará para você, mas nunca pensando só em você, você será o meio e sentirá a
fluidez.
...
Agora pretendo falar um pouco sobre a vontade
A vontade não é algo que se cria, ou se transforma, é algo
que se direciona, foca, utiliza, é como se fosse uma força do ser, em momentos
que pode-se ser utilizada de forma muito forte ou sutil, mas independente de
como for, é o meio que utilizamos para realização de atos, ações, uma energia
vital que nos faz agir, movimentar, alterar.
É estranho tentar trabalhar com a vontade, porque no começo
não conseguimos entender como realizamos nossos processos do dia a dia, como e
por que temos vontade de fazer certas coisas, tudo isso pois não estamos
familiarizados com nós mesmos, não estamos acostumados a olhar e observar
nossos atos, por que fazemos eles, como fazemos, sempre estamos confortados em
realizar sem pensar previamente, assim não teremos que enfrentar certos pesares
antes de se atuar, e mesmo que dê errado, normalmente não nos modificaremos,
porque pensar no errar trás sofrimento ao ser, faz com que ele se sinta errado
e em vez de encarar a situação e pensar em uma melhora para ela, ele se aceita
como um fracassado e deixa a situação como está. Assim o ser não precisa
encarar a responsabilidade de suas ações e se conforta em falar que não sabia
que poderia causar tais coisas ou que ocorreriam tais situações decorrentes de
outras, ai pelo caminho da ignorância o ser da continuidade a sua vida, de
certa forma miserável.
A vontade então não é simplesmente uma força que
não temos controle e aparece apenas nos momentos de extrema necessidade do ser,
mas é algo que pode ser manuseado e utilizado de forma sábia, mas como
utilizar? Quando passamos a compreender porque realizamos tais atos (atos
realizados pelo próprio ser) percebemos o quanto podemos melhorar nossas
atitudes, passamos a pensar nelas e o que pode ocorrer quando tomamos certas
decisões, assim o ser passa a ser mais cuidadoso com seus atos, porque sabe que
ao realizar estará transformando toda a situação, terá um novo agente no meio,
algo que vem justamente para alterar, assim a partir desta alteração teremos as
reações perante ela, e é nisso que devemos nos atentar, não devemos pensar só
no nosso realizar, agir, mas também em como ele atuará no meio, pois é onde
mais esbarramos, são os medos, incertezas que geraremos através da nossa
vontade, das nossas escolhas, por exemplo, se escolho plantar uma árvore pois
quero colher frutos dela, posso ir lá simplesmente plantá-la e abandoná-la lá e
nada mudará em minha vida irei apenas esperar acontecer sem fazer nada, se não
pensar nela, mas se pensar um pouquinho perceberei que se apenas plantá-la
estarei apenas desperdiçando energia porque não estou analisando se o local
onde plantei é bom para ela, se precisará de suporte, se conseguirá sobreviver
naquele meio sem a interferência de um ser humano, logo estará em minhas mãos o
futuro daquela árvore, e será de minha decisão, no caso, através do meu escolher
se ela terá possibilidade de vida ou não, logo a maioria desistiria de atuar
logo no pensar, acreditando que seria de muito esforço pensar em tudo e
realizar os processos para manter a árvore viva, se tentar seguir um pouco
adiante, poderá esbarrar no caminho pois tentou realizar tais atos sem estar
preparados para eles, pois se refletiu pouco sobre como proceder e como seriam
feitos os processos ou superestimou sua capacidade antes mesmo de se preparar,
então acaba esbarrando em um muro, e em vez de se acalmar diante a situação,
foge pois teme errar mais, assim o medo e a incerteza voltam a atacar o ser,
fazendo ele desistir. Mas terão aqueles que saberão por que estão plantando a
árvore, sabem que plantando ela poderá aprender sobre muitas coisas que podem
ser úteis para outras e com paciência no final ainda poderá colher os frutos
que tanto almejava no começo e acaba percebendo que não é o desejo que move sua
vontade e sim a necessidade de alterar o meio para se atingir os fins, não tem
como ter o fruto da árvore se eu não for lá e realizar os atos para que uma
possa produzir tal, assim quando pensamos em algo para realizar, pensarei
anteriormente como conseguir realizar tal processo, assim estarei analisando o
máximo de possibilidades que podem ocorrer, a fim de escolher a melhor entre
todas que pude pensar, este ato de pensar antes de realizar também não pode ser
feito no momento, este serve para reflexão, antes e depois de realizar, um a
fim de preparar e outro a fim de aprender, logo quando chega o momento de agir,
a vontade aparecerá, mas não se deixe pensar muito no realizar para poder agir,
pois conforme mais se pensa no momento de realização mais nos esbarramos e
lembramos que tudo que realizamos é incerto, não temos como dar certeza que
aquilo vai acontecer (é o “sentir”, o ser já sabe o que fazer e por que faz,
mas deixa a razão barrar novamente seus atos, o sentir, que para mim é o
inconsciente, já “pensou” junto com o ser, sabe o que fazer, logo raciocinar de
novo acaba atrapalhando o sentir, fazendo aquela sensação se tornar desespero),
portanto alguns acabam esbarrando novamente nesta barreira que trás consigo o
medo e a insegurança de continuar, assim a vontade que se existia para atuar
vai se dissipando até que o ser deixa de fazer e só fica com o pesares de ter
perdido a oportunidade. Então como proceder? Acredito que o melhor é pensar
rapidamente em como realizar o processo e imediatamente realiza-lo, assim não
teremos tempo para pensar demais de novo na situação para agir, assim somos o
momento, por isso da importância de se pensar bem previamente, para no momento
estar preparado, sabendo por que age e como vai agir, assim no momento saberei
que já refleti sobre o assunto e que o melhor que pude pensar é o que vou
realizar. O interessante que surge outra coisa que podemos utilizar durante as
ações, que é o caos, por mais que nos preparemos poderá e provavelmente irão
surgir certas informações que podem mudar o direcionamento da ação, por isso é
bom sabermos trabalharmos bem com nós mesmos, assim a possibilidade de nos
descontrolarmos diante a situação será menor, pois estou preparado para
situação, e não para o ato, logo trabalhar consigo fará com que a mudança de
atitude seja rápida, pois as informações que o inconsciente “captou” ou “viu”
do local foram rapidamente compreendidas pelo ser que fará uma rápida análise
para ver como melhorar seu ato ou se deve parar e se preparar melhor, pois
reconhece seus limites, conhece a si mesmo. Então a vontade não é algo que
preciso acumular e desprender de uma forma descomunal de uma vez, normalmente
fazemos isto porque não sabemos trabalhar com ela e quando sentimos ela fazemos
algo “sobre-humano” ou além do “limite” que o próprio ser achava que ele tinha,
é uma forma do inconsciente mostrar que podemos mais, mas que normalmente só
acontece pois se acumula muita “energia” sobre aquilo, é tanta informação sobre
algo, tanta necessidade do ser sobre aquilo que em algum momento ele só faz e
acha que é algo sobrenatural, mas que na realidade é só ele sendo ele mesmo na
essência, na mais pura magia. Então a vontade fica mais fácil de utilizar
quando sabemos por que estamos querendo realizar, como faremos tal coisa, assim
podemos utilizar de uma gama muito maior de coisas dentro da situação que
“favoreçam” minha escolha, minha vontade, assim a magia fica sutil eu a dissipo
pelo meio e faço que o todo que apliquei tenha a força necessária, não
desprendo em uma coisa, tento fazer o melhor para se atingir um fim, um
propósito, logo não terei mais que buscar a vontade, eu serei ela, não desejo
mais, eu sou o momento, e como se chegar neste estado? Se equilibrando com o
meio, não posso fazer as coisas apenas a minha vontade, não sou o único ser,
sou um ser que compõe um todo, logo toda ação que realizo irá refletir nos
outros que se comportarão de certa forma pela aquela modificação introduzida no
meio, então se pensa sempre o que posso fazer, lembrando as minhas limitações
(que são os sentidos e o próprio ser, pois se escolherá uma melhor opção a
partir do ser e não do todo, mas irá realizar pensando no ser e no todo) e com
isto melhorará para mim e para o meio a minha volta, estou limitado a mim, mas
consigo ver o que se tem em volta, por mais que eles sejam apenas abstrações e eu
nunca vá entender completamente quem são, mas se é um método de observação que
mostra coisas que não sabemos ou que não conseguíamos perceber a partir de nós
mesmos, assim pode-se melhorar muito o ser, logo ele vê que atuar junto com o
todo, pensando não só nele, mas no todo também irá fazer surgir algo muito mais
compensador para a modificação, não só sua, mas do todo, assim ele tem cada vez
mais a capacidade de tornar sua realização, magia de forma sutil, ele conhece
os meios, sabe como atuar neles, pois sempre procura compreender e esse
processo não só faz o ser desenvolver, mas como faz aprender como o meio
funciona, deixando o mago cada vez mais humilde, reconhece os outros, lembra
que eles tem limitações também, ele respeita, “sabe” por que o outro age,
compreende (lembre-se, compreender não é aceitar), assim pode desprender de uma
energia menor para se chegar no mesmo ponto, ele não precisa mostrar que está
atuando, que está modificando, ele só precisa atingir o objetivo.
Termino com esta passagem do Caibalion e o vídeo do satirismo.org
O PARADOXO DIVINO
"Os falsos sábios,
reconhecendo a irrealidade comparativa do Universo, imaginaram que podiam
transgredir as suas Leis: estes tais são vãos e presunçosos loucos; eles se
quebram na rocha e são feitos em pedaços pelos elementos, por causa da sua
loucura. O verdadeiro sábio, conhecendo a natureza do Universo, emprega a Lei
contra as leis, o superior contra o inferior; e pela Arte da Alquimia transmita
aquilo que é desagradável naquilo que é agradável, e deste modo triunfa. O
Domínio não consiste em sonhos anormais, em visões, em vida e imaginações
fantásticas, mas sim no emprego das forças superiores contra as inferiores,
escapando assim das penas dos pia−nos inferiores pela vibração nos superiores.
A Transmutação não é uma denegação presunçosa, é a arma ofensiva do
Mestre." − O CAIBALION −
Bem gostaria de deixar este vídeo também, acredito que é muito interessante.
"Quem provem da lógica
hermética não vai ficar quieto esperando a montanha andar...tá ligado né
montanha não tem roda não."