Cada um, afundado em seu universo, atrelado aos outros, sem identidade, sem personalidade, sem a característica principal evidente, tentando buscar, ao menos uma vez na vida, pois o mistério é tão grande que não tem como não se perguntar. A cada tentativa de resposta parece gerar uma gama de outras coisas que nos fazem desistir da ideia da sabedoria. Mas não é o caminho que o faz desistir e sim a nova face tomada diante dos fatos já vistos, que não haviam sido compreendidos de fato até aquele momento em que o próprio fato anterior passe dessa para outra e o novo substitui e lhe apresenta novamente a imagem do não saber ou da incerteza. O caminho está ali para ser trilhado e só caminha nele quem quer, você está diante de uma decisão na qual o único que a vê é você, ninguém pode escolher por você, ninguém pode ver o que você vê, ninguém pode lhe dizer o que é certo ou errado, pois independente de todos os outros o único que olha diante de si e consegue ver a sí próprio é o próprio ser. Estamos sós e neste mundo somos livres, e ainda buscamos nos conectar sem ao menos procurar entender a solidão da sua única e provável mente.
Muitas se estagnam no medo e mal sabem quão belo é o seu universo, afinal o criador dele, o que comanda é o próprio ser. Se sentir livre, talvez de fato, ser livre só exista dentro da mente e aquele que consegue conectar sua realidade a da outra talvez tenha compreendido a existência ou pelo menos vislumbrou a luz que muitos apenas veem na morte.