domingo, 23 de fevereiro de 2014

A importância das outras realidades

Conhecimento, análise, observação, reflexão, uma maioria que se habitua a isso tende a encarar a realidade comum, o que ela vê e crê que aquilo é o real e tudo está contido nele. Mas para aqueles que procuram realmente entender, que tem em seus pensamentos a curiosidade de entender aquilo que não se parece claro ou está fora de um entendimento comum deveria buscar outras formas de se analisar um mesmo mundo, através de livros, escritas que relatam a visão de outros, afinal cada ser que existe tem um método de observar e analisar o que lhe interessa. Mas também precisamos criar características próprias que nem sempre se satisfazem com análise de outra realidade pessoal ou de outra visão, mas que se sentem na necessidade de experimentar por si só e deste tirar suas próprias análises e conclusões, poder tocar nessa nova forma e dela tirar proveito ou ensinamentos. Entender que não existe uma única realidade, que não está contido todo o conhecimento nesta, mas está espalhada por todas as possibilidades de ver o todo. As experiências que nos levam a realidade não-comum são muito importantes e interessantes para aqueles que desejam conhecer, saber, entender. A vida vista apenas nesta realidade comum é um desperdício ao meu ver, o que perdemos por julgar algo como ruim ou indevido, criar falsos conceitos em cima dele apenas para causar medo, é o medo que essas tem de serem superadas, achar que o humano tem que ser único e sozinho, besteira, um mundo para ser vivido único e exclusivamente sozinho não existe, senão você seria o todo e o todo seria você sem distinção, qual o sentido para isso? Para mim nem existe tal sentido.
Carlos Castaneda diz em The Teachings of Don Juan: A Yaqui Way of Knowledge - "Assim, um feiticeiro tinha de acreditar que era possível passar de uma área para a outra, que ambas eram inerentemente utilizáveis, e que a única dessemelhança entre as duas era sua diferente capacidade de serem usadas, isto é, os diferentes propósitos a que serviam."
Tomo isto como, o humano que procura conhecimento não deve se limitar a apenas uma visão, uma realidade, uma verdade, mas deve se abrir para o todo, respeitar os meios e reconhecer que você só tem a aprender, nada é um desperdício desde que te leve ao um ponto satisfatório, deve-se também ter claro em sua mente o caminho que está tomando e sua devida preparação para encarar tal e se possível sempre tenha alguém para ajudar ou para reorganizar seus pensamentos e nunca dispense o uso de um aliado, a não ser que você já tenha atingido um estado de que ele não é mais necessário em uso, pois já tornou conhecimento seu ou parte do que você é hoje.