quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Breve

 O perfume dele permaneceu na minha roupa e corpo por cerca de seis horas.



"Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
(Vinicius de Moraes)

 Eu sai do eixo apos às vinte horas e trinta minutos do dia catorze do onze de dois mil e dezessete.
Lá pelas nove eu menti dizendo que o encontrei entre amigos em comum no facebook (espero que ele possa me perdoar um dia por esse deslize mas me pareceu melhor do que me assumir louca e dizer que já o observava e procurava há tempos, to rindo disso agora mas é bem sério! haha).
 Não sei o que me governava quando desci do ônibus da faculdade na porta da festa vinte e cinco minutos antes da meia noite, da mesma véspera de feriado, e falei pras minhas amigas que não ia entrar por que tava em outra brisa.
 Acho que foi por que ele beija bem. E a fumaça do ambiente tiraria o perfume dele do meu vestido. Meu inconsciente queria dormir com aquele vestígio me dando a ilusão de que ele tava perto e por uma noite inteira a lembrança dele valeu pra mim mais do que qualquer coisa.
 Pode parecer precipitado, bobo, exagerado e fora de tom; mas já tem algum tempo que nada me cativa. E de uma maneira inexplicável sinto que trocaria qualquer festa por um mínimo vestígio daquela presença, tranquilamente. Meu ser se sente completo apenas em saber que ele existe no mundo, sem necessidade de exigir nada e isso faz com que eu me sinta livre também.
 E olha que ainda nem falei sobre os olhos pelos quais me apaixonei à primeira vista, nem do jeito bonito que ele sorri, nem da maneira atenciosa que ele me trata preenchendo todas as lacunas do meu estado psicológico e fazendo com que eu não precise de mais ninguém.



 São agora cinco horas e trinta minutos do dia dezesseis do onze de dois mil e dezessete e eu não consigo dormir contando os minutos pra vê-lo,