O soldadinho não parecia ter medo de quedas, de água e nem de peixe. Se ele pensava no amor da boneca bailarina enquanto navegava é um mistério. O gênio, acostumado a torcer para que o vento derrube os soldadinhos todos nas chamas, comoveu-se ao notar que aquele coração feito de chumbo derretia com facilidade, não sobraria intacto entre as cinzas e que talvez não tivesse sido inventada ainda a Susi suicida apta ao trágico "morreram felizes para sempre". Talvez agora, em meio a um final desconhecido, a conjuntura esteja favorável para que o soldadinho acenda a própria lareira e compreenda a função das chamas.
Escritores venham com suas mentes fervilhantes de conhecimento, imaginação e loucuras.