Sou
o Deus do infinito, que um dia abriu os olhos e se viu em finitude.
Imagine você o horror de cair do paraiso para uma terra em que sou uma
coisa de cada vez.
Tenho que me definir: Que Deus sou eu???
Na definição encontro um guia para o mundo que eu crio à minha volta.
Eu sou o jardim, as flores, as borboletas, assim como também sou os
ratos, as baratas e as lagartas. Todas as expressões existem em mim.
Eu que posso pensar, posso criar. Imagine só todas as infinitas
posssibilidades.
Só é necessário querer, desejar, e então o paraiso será aqui e agora no
fazer de minha vontade.
Mas a pergunta ainda vibra: Que Deus sou eu?
Eu que sou parte sou inteiro. Eu que existo, penso.
Na atualização dos conceitos o sentido se estrutura e toma forma, Sou
infinito que me defino para Ser no presente.
Fui ontem e serei amanhã. Mas ser adaptado e com sentido só depende do
Deus que sou."
texto L. Canettieri
foto Ramona Zordini